Capítulo 64 - a ironia do destino

Por volta de 17h quando saímos, Blake se ofereceu pra me deixar em casa, mas como eu estava de carro, recusei.

 -A gente precisa conversar, Isabella. –Ele disse parando na porta do colégio.

-Eu não tenho nada pra conversar com você. –Falei, séria.

-O Alex é o pai?

-Isso não te interessa! –Falei um pouco alto demais. –Que droga! O que eu vou fazer da minha vida interessa só a mim e agora, a essa criança. Não devo satisfação e nem nada a ninguém.

-Ele não sabe ainda, não é?

-Eu preciso ir embora.

-Isa, eu só quero te ajudar..

-EU NÃO PRECISO DA AJUDA DE NINGUÉM, BLAKE! –Gritei antes de entrar no meu carro e ir embora.

Cheguei em casa bufando de tão puta.

Tomei um longo banho e acabei chorando, de novo.

-Eu vou cuidar de você, ta bem? –Acariciei minha barriga, dizendo. –Eu vou cuidar de você, bebezinho..

Quando estava terminando meu banho, a campainha tocou.

Coloquei uma roupa qualquer rápido e quando atendi, não me surpreendi ao ver Alex na porta.

Ele estava péssimo.

Com olheiras e o cabelo todo bagunçado. Igual no dia que ele foi embora pra Manhattan.

-Podemos conversar?

Apenas dei espaço pra ele passar e assim que entrou, disse:

-Eu vim saber se você quer que eu te ajude a assumir essa criança, caso Blake não queira. –Alex disse se sentando em meu sofá.

Cruzei os braços, revirando os olhos e não acreditando no que eu estava ouvindo pela vigésima vez só hoje.

-Eu não preciso de ajuda! Será que ninguém vai entender isso? Mas que merda. –Fui pra cozinha pegar um copo d’agua pra me acalmar. O bebê não precisa disso.

-Isabella. Por favor, me ouve. –Foi atrás de mim na cozinha. –Eu queria um filho tanto quanto você 

e..

-Para com isso, Alex! Para de se vitimizar. Eu não vou voltar com você só porque to gravida!

-Mas eu não quero que você volte comigo só por causa disso. Eu amo você, Isabella. Eu nunca parei de te amar. Por que você não enxerga isso?

-Eu não.. –Eu não era capaz de dizer isso. –Alex, eu não quero mais. Eu quero ficar sozinha. Me deixa sozinha, por favor.

-A gente pode dar um jeito nisso. –Falou se aproximando de mim.

-Voce não queria um filho agora e você ainda não quer um filho agora. Nem eu queria! Porra, nem eu queria.. –Falei olhando pro chão e pensando nisso tudo.

-Mas agora essa criança tá ai. E eu vou fazer de tudo pra você enxergar que não tem como você cria-la sozinha, Isabella. Esse filho nem é meu e eu to disposto a assumi-lo. Você acha mesmo que eu ia voltar com você só por causa disso? PORRA, ISABELLA. SE TOCA! –Ele gritou, me assustando.

-Vai embora.

-Me desculpa, eu..

-VAI EMBORA AGORA! –Falei gritando dessa vez.

Alex suspirou me olhando uma ultima vez e depois finalmente, me deixou sozinha.

Nos deixou sozinha.

Eu e o filho que ele tanto queria e que eu tanto escondia.

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