Já ouviu falar em arte-educação?

quinta-feira, 25 de junho de 2020
Oi, gente, tudo bem?!

Hoje venho trazer para vocês algumas dicas de como transformar seu currículo em arte! 

A arte dentro ou fora dos museus pode ser uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional



A youtuber Vivian Villanova é dona de um dos canais mais conhecidos sobre arte, o ViviEuVi, e acredita nela como uma ferramenta de desenvolvimento pessoal muito importante. Depois de fazer grande parte de sua carreira na área de gestão de projetos artísticos, em 2015, ela criou seu canal motivada pela dificuldade em conversar sobre o assunto com as pessoas ao seu redor. Foi na internet que conseguiu construir uma comunidade com quem pode dividir conhecimentos e ideias. Atualmente, em torno de 37% do seu público é formado por pessoas  entre 13 e 24 anos.

“Esse olhar sensível que a arte nos ajuda a desenvolver sobre o outro nos torna seres humanos mais abertos às diferenças e mais criativos para lidar com a vida”, afirma Vivian. Ao passo que a globalização e a tecnologia modelam novas realidades do trabalho, grandes empresas começam a olhar além das capacidades técnicas e esperam que seus funcionários possam se adaptar rapidamente a esses cenários.

Segundo Elisa Cavalcante, sócia da consultoria de Recursos Humanos 3D Partners, as empresas começaram a valorizar as soft skills, também conhecidas como habilidades humanas, até mais que as habilidades técnicas. “Qualquer forma de interação com o outro que seja livre e espontânea traz um crescimento e uma maturidade e, obviamente, isso vai refletir no dia a dia no trabalho”, conta.

Já ouviu falar em arte-educação?

Ana Mae Barbosa é uma educadora que já vem enfatizando a importância da arte na formação educacional há tempos. Pioneira em arte-educação, Ana Mae é a principal referência brasileira no ensino de Arte nas escolas. A educadora também foi uma das defensoras da mudança na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB — Lei 9.394/1996), que, em 2016, estabeleceu como obrigatório o ensino de teatro, dança e artes visuais nas escolas. As instituições ainda têm um ano para se adaptar ao novo currículo.

Em entrevista, a educadora fala que, se pensarmos como Herbert Read, poeta e crítico de arte britânico, que “a arte é o esforço do ser humano para entrar em compasso com os ritmos da vida”, então a arte pode fazer parte de todas as disciplinas que conhecemos, da Biologia até a Física.
 
Assim como propõe Ana Mae, Vivian acrescenta que “o pensamento crítico e sensível que só a arte traz é uma ferramenta poderosa de olhar pra si e para o mundo ao nosso redor”. Dessa forma, estudar arte vai além de olhar uma tela dentro do museu. Ela traz maneiras diversas de olhar acontecimentos e sentimentos que gravam a história do mundo, seja exprimindo os valores de uma época ou retratando momentos específicos, como a Guernica (1937) de Pablo Picasso.

Por onde começar

Existem muitas formas de começar a estudar arte. Além de cursos pagos e gratuitos em que você pode se aprofundar nesse universo, a internet também é uma maneira incrível e acessível de exploração e, até mesmo, para desconstruir a ideia de arte atrelada aos museus.

Alguns perfis no Instagram trazem leituras próprias da internet, como o Arte Depressão, que une arte com o que mais gostamos no mundo virtual, memes, ou o Lowbrow & Popsurrealists, que divulga artistas contemporâneos que usam o estilo surrealista misturado à temática pop. Já perfis de museus também te deixam por dentro de notícias do mundo da arte e trazem conteúdos informativos, como os perfis da Pinacoteca de São Paulo, do Masp, do Museu de Arte Moderna de SP , além de museus estrangeiros, como o MoMA, dos EUA.

Fonte da matéria: guiadoestudante


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