No dia seguinte, acordei Kira, emprestei uma roupa a ela e
fomos pra faculdade. Eu ainda sentia meu corpo mole e dor de cabeça, mas sem
duvidas, me sentia um pouco melhor.
Depois de mil exercícios feitos dentro de sala, fui pro
estágio e encontrei Blake somente lá.
-Faltou a aula hoje? –Perguntei, guardando minhas coisas no
armário.
-É. A ressaca tava maior que eu. –Ele disse. Estava de
óculos escuros, blusa social azul listrada e calça jeans clara, sempre bem
vestido.
-Te entendo.
-Voce ta melhor? Cê tava péssima quando te deixei em casa
ontem.
-É.. Meu corpo ta me dizendo isso hoje. –Nós dois rimos.
Procuramos nossa chefe, discutimos sobre o que eramos pra
fazer hoje e assim que nos foi dito, colocamos a mão no trabalho.
Por volta das 18h estava indo pra casa quando dei com Alex
no elevador. Não é possível.
-Boa tarde. –Falei e ele respondeu de forma monótona.
-Voce tá melhor? –Ele perguntou.
Franzi o cenho.
-Fui na sua casa ontem te entregar uma encomenda.. não
lembra?
-Ah, é, claro. Sim, tô melhor sim.
-Voce voltou a beber, não é? –Alex perguntou, segurando o
elevador antes de sair em seu andar.
Apenas olhei pra baixo, sem falar nada.
-Vê se se cuida, Isabella. –Disse saindo e fechando a porta
atrás de si.
2 meses depois
Era quase 13h da tarde quando eu estava voltando de uma
caminhada matinal, entrei no elevador, encontrei com Alex, trocamos meras
palavras –como sempre- e desmaiei.
Acordei com umas luzes fortes na minha cara e sentindo
aquele cheiro, sabia na hora que estava num hospital.
Olhei em volta rapidamente, assustada, e encontrei Alex de
pé, me observando. Algo me dizia que ele estava ali há muito tempo.
-Que que aconteceu? –Depois de perguntar foi quando percebi
o quando minha voz estava fraca. Eu me sentia fraca.
-Estávamos conversando no elevador e do nada você desmaiou,
Isa. –Ele respondeu em tom preocupado. –O que você tem?
-Eu não sei? Só saí pra caminhar e voltei pra casa porque
não estava me sentindo muito bem. Acho que foi porque não comi direito no café
da manhã..
-Ou por que você sai todo fim de semana pra beber,
provavelmente.
-Alex, você não..
Me cortando, um cara alto, barbudo e moreno, entrou no
quarto perguntando:
-Senhorita Isabella Montechiari? –Assenti, olhando.
Provavelmente era o médico. –Sou Gregory, o médico que te recebeu aqui.
-O que aconteceu, doutor? –Perguntei.
-Voce estava com a pressão muito baixa, por isso desmaiou.
Mandei fazer um exame de sangue a fim de detectar alguma coisa e está tudo bem,
você e o bebê só precisam de alguma vitamina.
-Que bebê, doutor? –Eu perguntei, rindo.
-Ué? Você está grávida de dois meses, não sabia?
Alex ficou da cor da parede. Eu quase desmaiei de novo. O
doutor ficou nos olhando como se tivesse dito “ah, é só um resfriado”.
Eu quase
desmaiei de novo.
Que porra de bebê que ele está falando?
-Acho que ouve um engano. –Falei me sentando. Aquilo estava
começando a me assustar. –Eu não estou grávida, eu não posso estar grávida..
-Bem, está aqui. Isabella Montechiari, 19 anos, grávida de
dois meses, com anemia e pressão baixa. –Ele me mostrou o papel do exame de
sangue.
-Eu não posso estar grávida. –Repeti, olhando pra ele e pro
papel.
-Quando foi a ultima relação sexual que você teve, desculpe
perguntar?
-Dois meses atrás. Mas..
-Você usou proteção?
-
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