-Ah, oi. –Ela se aproximou, me deu um selinho e me segurou pela mão, me
guiando pra cozinha. –Mamãe, esse é o Noah. Noah, Elizabeth. -Olá querido. –A senhora me deu um forte abraço. Bem simpática. –Prazer
em conhecê-lo.
-O prazer é meu, srtª Collins.
-Pode me chamar de Liza. –Ela sorriu –Sente-se, fique a vontade.
Sentei-me de frente a Gabriela, seu irmão logo depois desceu, e se
sentou ao meu lado. Seus pais se sentaram um em cada ponta da mesa –como eu ja
imaginava -.
-Então Noah, o que você faz? –Albert perguntou, enquanto todos se
serviam.
-Faculdade, ainda. Curso jornalismo.
-AH, bacana.. vai ser escritor, ahn?
-Isso, isso.
-Bacana. Minha filha ainda é meio indecisa nessas coisas, mas espero que
tome a decisão que quer.
-E como vocês se conheceram, ein? –A mãe de Gabi logo interrompeu.
-Ahn –Gabriela gaguejou –Foi há uns meses, não é? Acho que na festa de
primavera, mamãe.
-É! Nós já conversamos tanto..
-Gostei da parte sua de esperar pela minha filha.
Oh Deus. Eles ainda não sabiam.
-Claro. Eu a respeito muito. –Eu disse olhando pra Gabriela e sorrindo.
-Isso aí. Você parece ser um bom rapaz.
-Você nem imagina. –Ouvi Gabriela sussurrar e apenas fiquei olhando pra
ela. –Mas então papai. Noah me chamou pra acompanhá-lo em um show, amanha! O
que acha?
-Onde? E que horas?
-Vai ser no clube, aqui perto, senhor. –Eu respondi, olhando pra ele
–Deve começar as 21h, por ai. Mas minha casa é perto. Não teria problema ela
dormir lá.
-Certo.. E suas notas, como vão querida?
-Só crescendo, papai. Graças a Deus. –Os dois riram. –Tenho me esforçado
bastante, e conseguindo o melhor. Noah tem me ajudado bastante também.
-É, ahn? –Seu pai assentiu –Certo, eu vou ver com sua mãe e depois lhe
aviso.
-Tudo bem!
O resto do jantar foi bem tranquilo. A mãe dela não fazia muitas
perguntas –sei lá, ela era simpática mas acredito que não tenha gostado tanto
de mim quanto imaginei –só o pai que se interessava mais. E ele parecia ser bem
rigoroso.
-Então, Noah, vamos subir rapidinho? Preciso falar com você.
-É claro. Querem ajuda pra tirar a mesa?
-Não, não. De forma alguma. –Liza começava a retirar os pratos –Adorei conhecê-lo
querido.
-Eu também, senhora.
-Foi um prazer, rapaz. Cuide bem de minha filinha, ein?
-Claro. Um prazer também, sr.Collins.
Nós subimos e ela logo fechou a porta, e disse sussurrando, nervosa:
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