50 tons de cinza

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Hoje eu vim falar deles: os polêmicos, estarrecedores, peculiares livros da trilogia 50 Tons de Cinza.

Mas fiquem calmos, ao longo dessa resenha vocês entenderão o título desse post.

Vamos do começo.

Caso você seja de Marte e não tenha ideia do que se tratam os livros, vou por aqui uma breve sinopse do livro 1 (e da história inteira, basicamente):


A estudante de literatura Anastasia Steele, de 21 anos, entrevista o jovem bilionário Christian Grey, como um favor a sua colega de quarto Kate Kavanagh. Ela vê nele um homem atraente e brilhante, e ele fica igualmente fascinado por ela. Embora seja sexualmente inexperiente, Anastasia mergulha de cabeça nessa relação e descobre os prazeres do sadomasoquismo, tornando-se o objeto de submissão do enigmático Grey.

Aqui eu não vou postar nenhum spoiler dos livros (eu acho!), então fiquem tranquilos. É mais para dizer o que eu achei sobre essa estarrecedora história de "amor" (talvez eu use "estarrecedora" mais vezes, superem.) 

Por que 50 tons de cinza não é uma história de amor?


Porque eu acho que vai muito além disso. Eu sou culpada pra dizer, já que em todos os meus personagens eu procuro por um passado bizarro na vida deles, porque eu acredito muito no quanto o passado pode afetar nosso presente, e é claro, nosso futuro. 
Christian Grey tem um passado de tirar o fôlego. Teve uma mãe (drogada, prostituta - como ele mesmo diz) e um pai ausente. Durante os 3 livros ele se lembra de diferentes situações e momentos que viveu antes de ter sido adotado. Ele passou por mais uma casa  até finalmente ir para a que ele ficou de verdade e onde foi criado (não vou entrar muito nessa parte por causa da promessa dos spoilers!). 

Eu comecei a ler o livro por causa da proposta diferente. Fiquei sabendo da história e dos personagens e pensei: um romance sadomasoquista? Hum, por que não?! 
Mas confesso que a história é um pouco cansativa. Trás uma carga emocional pesadíssima. É como eu sempre digo: pais estragam seus filhos. O Christian Grey então... nem se fala. 

Ana Steele


Anastasia Steele, apesar de ter uma mãe que teve um total de 76 maridos, não sofreu muito com isso, não da forma que Grey absorveu seu passado e deixou ele atormentá-lo a vida toda. Ana tem um passado, é claro. Teve um "antes de Christian", mas o problema é que apenas 3% do passado de Ana que vinha afetar vez ou outra a vida dos dois como um casal. Já o passado de Christian afetava os dois até em tempo integral. 

É uma personagem calma, extremamente ansiosa e um tanto imbecil, se me permitem dizer. Ela era submissa a Christian em todos os sentidos

E é chega engraçado que ela parece povão que nem todo mundo: demora a perceber que uma vez que está com Christian, ela tem dinheiro. Ah, ela tem muuuito dinheiro! E é bacana ver como a forma que ele consegue tudo com um estalar de dedos (ou "crédito ou débito? Débito!") incomoda ela. Ela simplesmente não se encosta e pensa "ah, agora que meu companheiro é rico, pra quê trabalhar? Muito pelo contrário, ela lutou pelo que ela queria a história inteira, mesmo que de forma boçal, se me permitem dizer, de novo. 


Christian Grey 



Como já falei ali em cima, ele tem um passado pesado. E, infelizmente (ou não!) é ele quem mais define quem é Christian Grey. Quando pequeno e na família biológica dele, ele não tinha nada. 

Depois de ter sido adotado de verdade pela família atual foi que começou a construir seu império. 
Mas não se engane: toda a sua coisa de ser dominador, sadomasoquista, não começou quando o dinheiro entrou na conta, não

Essa sua personalidade foi sendo criada (e alimentada por minha quase xará) ao longo dos anos. Mas, sem spoilers, fiquem tranquilos. 

E uma característica de sua personalidade que é um tanto peculiar no meio dessa história: sua fidelidade. Inquestionável durante toda a história.

Ele é machista, ciumento (DEMAIS), controlador e muitos adjetivos ruins... mas, preciso dizer que em muitos momentos fiquei movida por coisas que ele disse ou situações em que, por exemplo, ele não sabia como aceitar carinho. E com a Ana que ele foi aprendendo a amar, a cuidar de verdade de alguém. 


Afinal, como você vai amar e cuidar se você pouco foi amado e cuidado? 


Os personagens 


A evolução dos personagens é incrível. A autora foi extremamente fiel ao que ela provavelmente já planejava enquanto escrevia essa história: porque é tão rica em detalhes e em acontecimentos, que não teria como ela ter inventado tudo da noite pro dia. Dá pra se sentir que ela planejou cada pingo nos i's. 

Outro aspecto muito legal da história, foi que a autora deixou o resto dos personagens terem uma vida (e momentos, momentos importantes) na história. Ela não fez somente uma história sobre o casal Steele e Grey que vez ou outra viam os amigos, vez ou outra surgiam personagens terciários. Não, ela deixou-os bem presentes na história, tirando um pouco o peso (e o foco) dos personagens principais, o que é ótimo, na minha opinião. 

Os livros 

Os três livros são longos, achei o segundo o mais cansativo porque pareceu-me que era sexo o tempo inteiro (e juro que uma hora cansa de ler tanto erotismo), senti falta de um pouco de movimento, de ação mesmo. Mas, para contestar... no terceiro (e último) livro, rola ação (e muita! Além do sexo, ok?). 

O primeiro livro foi mais a apresentação dos personagens, é claro, e a vida dos dois como um casal. 

No segundo, um pouco da continuação do primeiro (a vida deles como casal) e já entrando num nível diferente, já é como se eles tivessem mais amadurecidos na relação. 

O terceiro livro destruiu um pouco da raiva e do preconceito que eu tinha do Christian (ele é extremamente machista. As fãs que me perdoem, mas meu feminismo apitou muito durante os livros) e ele nao é dominador somente na cama, ele é dominador o tempo inteiro! Ele sente ciumes até da sombra da Ana! As vezes eu parava de ler uns segundos e ficava com vontade de dar uns tabefes na cara dessa garota!  Christian Grey é um tremendo fuckboy.  

Foi um livro que já trouxe muitas problemáticas pro casal e explorou muito mais e de forma explicatória toda a história dos dois, principalmente a do Grey (que tem um passado que daria uma coleção de uns 50 livros), mas digamos que terminou de uma forma (esperada, é claro), mas além disso: satisfatória. 
Não foi um final que me deixou surpresa, mas também, não me deixou decepcionada.



No geral, a nota para os livros, a trama, os personagens é 9, só porque o Grey é um machista controlador babaca. 

Normalmente evito expressar minha opnião tão abertamente assim, ainda mais numa resenha, porém com esses livros não deu. Não deu mesmo.

Espero que tenham gostado!

Besin, besin, 

Giulia.

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